Bênção das Pastas

“Que sejais cidadãos justos e verdadeiros”

No dia 24 de Maio, os finalistas da Universidade de Évora, seus familiares e amigos, encheram por completo a Sé de Évora para participarem na tradicional missa da “bênção das pastas”.
Na Eucaristia, presidida pelo arcebispo de Évora, D. José Francisco Sanches Alves, esteve presente o reitor da Universidade de Évora, Jorge Araújo, bem como representante do Governo Civil de Évora, entre outras entidades.
As largas centenas de finalistas escutaram com atenção as palavras que o Arcebispo de Évora proferiu na homilia.
“O dia de hoje está carregado de significado para todos: quisestes vir a esta Catedral, que este ano comemora 700 anos de dedicação, agradecer a Deus tudo o que vos proporcionou durante a vossa vida e nesta mais recente etapa universitária”, começou por dizer o Arcebispo de Évora, alertando os finalistas para que “não podeis esquecer a responsabilidade que assumis perante a Sociedade que vos proporcionou a mais valia da formação académica e agora espera o vosso contributo para o progresso social e humano para benefício de todos”.
Neste sentido, o Prelado recordou aos finalistas que “cada um de nós é uma pedra viva do edifício que é a nossa Sociedade. A todos nos é pedido que sejamos colaboradores activos e responsáveis pelo bem de todos e pela transformação positiva da sociedade. Ninguém tem o direito de se furtar a esta obrigação universal”, adiantando que “não basta o saber adquirido, exige-se sempre um suplemento de alma, que só a fé é capaz de iluminar e de tornar efectivo esse suplemento”.
Referindo-se à segunda leitura da liturgia, D. José Alves sublinhou que “S. Tiago propõe-nos a busca da verdade que deve presidir à nossa vida. Todos devemos estar comprometidos na busca da verdade, na construção de uma sociedade nova. O caminho da verdade é o caminho de autenticidade de vida, que Jesus valoriza no Evangelho”. Continuando a realçar o valor da verdade, o Arcebispo de Évora disse aos finalistas que “hoje há quem privilegie a falsidade em vez da verdade. Mas o verdadeiro cidadão, o cristão autêntico, deverá ser sempre um paladino da verdade, um promotor incansável da justiça, nunca impedindo o caminho a ninguém”.
“Vós, meus caros finalistas, espero e desejo que sejais sempre cidadãos justos e verdadeiros, que não obstruais o caminho aos outros. A nossa Sociedade precisa de vós para abrir caminhos novos de justiça, de verdade e de paz. Construí pontes que unam as margens da vida e ajudem a humanidade a construir uma verdadeira sociedade do Amor”, concluiu o Arcebispo de Évora.
No final da Eucaristia, os finalistas levantaram as suas pastas, tendo D. José Alves aspergindo todos com água benzida. Este momento da “bênção das pastas” foi acompanhado por um ensurdecedor aplauso dos familiares e amigos dos finalistas.
P.M.C. in “A Defesa”

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